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sexta-feira, 17 de março de 2017

Primeira Guerra Mundial


Entre 1871 e 1914, durante a chamada belle époque, a sociedade europeia, liberal e capitalista, passou por uma das fases de maior prosperidade. O desenvolvimento industrial trouxe para boa parte da população um conforto nunca antes experimentado, enquanto a ciência e a técnica abriam possibilidades inimagináveis de comunicação e transporte. 

Entretanto, a grande insatisfação das nações que chegaram tarde à partilha da África e da Ásia e a disputa cada vez maior por novos mercados e fontes de matérias primas acirraram se no início do século XX, causando grande tensão e levaram as potências europeias a se armar se preparando para uma guerra.

A Primeira Guerra Mundial foi uma guerra capitalista, provocada por motivos econômicos entre as superpotências da época. Muitos fatores contribuíram para o início da guerra, tais como:
  • a disputa por colônias na África, Ásia e na Oceania; 
  • a concorrência econômica entre Inglaterra e Alemanha; 
  • a disputa nacionalista entre o pangermanismo e o paneslavismo na Europa Central e Oriental; 
  • o revanchismo francês contra os alemães devido à perda para eles dos territórios da Alsácia e Lorena. 
  • A criação da Tríplice Aliança (formada pela Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (formada pela Inglaterra, França e Rússia).


O estopim, ou seja, a causa imediata que deu origem a guerra foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco e de sua esposa em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, país disputado pela Áustria-Hungria (de origem germânica) e pela Sérvia, aliada da Rússia (de origem eslava) em 28 de junho de 1914.

A prisão do assassino que era membro de uma sociedade secreta ligada a Sérvia, fez com que a Áustria declarasse guerra a Sérvia, que por sua vez foi defendida pela Rússia.

A entrada da Rússia provocou também a entrada da Alemanha ao lado da Áustria, generalizando o conflito entre as duas alianças militares.

A guerra entre esses dois blocos durou cerca de 4 anos, de 1914 a 1918. Os combates terrestres foram extremamente mortíferos em função de novas armas como: metralhadoras, lança-chamas, projéteis explosivos. Além disso, utilizaram-se pela primeira vez, o avião e o submarino como recursos militares.

O saldo de destruição da guerra foi enorme: mais de 10 milhões de pessoas morreram e trinta milhões ficaram feridas.

A partir do início de 1918, a Alemanha foi perdendo o fôlego, ficando isolada e sem condições de sustentar a guerra. Em 11 de novembro de 1918, a Alemanha assinou o armistício (acordo de paz) em situação bastante desvantajosa.

Após a rendição alemã, no período de 1919 a 1920, realizou-se no palácio de Versalhes, na França, uma conferência com a participação de 27 nações vencedoras da guerra. Foi estabelecido o Tratado de Versalhes impondo duras condições à Alemanha, considerada a única responsável pela guerra. Os principais pontos desse tratado foram:
  • Devolução da região da Alsácia-Lorena à França; 
  • Cessão de territórios à Bélgica, à Dinamarca e à Polônia; 
  • Entrega de quase toda a marinha mercante da Alemanha; 
  • Pagamento de uma enorme indenização em dinheiro aos países vencedores; 
  • Redução do poderio militar alemão. 
Além disso, foi aprovada a criação da Liga das Nações para preservar a paz mundial e os Estados Unidos se tornaram uma potência econômica suprindo as necessidades dos mercados da Ásia e da América Latina.








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