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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Redemocratização do Brasil

 


Nova República no Brasil: 1985 - Hoje

O período chamado de “redemocratização” compreendeu os anos de 1975 a 1985, entre os governos dos generais Ernesto Geisel e João Figueiredo e as eleições indiretas que devolveram o poder às mãos de um presidente civil.

                      Abertura política em Geisel e Figueiredo

O processo de redemocratização compreendeu uma série de medidas que, progressivamente, foram ampliando novamente as garantias individuais e a liberdade de imprensa até culminar na eleição do primeiro presidente civil após 21 anos de ditadura militar.

Esse processo, contudo, foi composto por momentos de avanço e recuo dos militares, uma vez que desejavam garantir uma transição controlada sem que os setores mais radicais da oposição chegassem ao poder. Por isso, medidas de distensão como a Lei da Anistiaconviveram com medidas de repressão, como o Pacote de Abril e a recusa da Emenda Dante de Oliveira, que pedia eleições diretas para presidente da república.

Dentre as principais medidas que caracterizaram o processo de distensão, encontram-se o fim da censura prévia à espetáculos e publicações, a revogação do AI-5, o retorno ao pluripartidarismo e a Lei de Anistia.

Apesar de representarem avanços no sentido de restaurarem o sistema democrático, o retorno ao pluripartidarismo e a Lei de Anistia visaram também o benefício dos militares, uma vez que a primeira dividiu a esquerda em diversos partidos e a segunda promoveu o perdão dos agentes que cometeram crimes contra os direitos humanos durante a Ditadura Militar.

Os partidos políticos e as Diretas Já

    Com o retorno ao pluripartidarismo, a Aliança Renovadora Nacional Renovadora (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foram extintos dando lugar a novos partidos políticos. O MDB virou Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e a ARENA virou o Partido Democrático Social (PDS). Foram também criados o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido Popular (PP) e o Partido dos Trabalhadores (PT).

        Este último, para a surpresa dos militares, operou em sentido contrário ao desejado, pois fortaleceu a esquerda e mobilizou a classe trabalhadora em torno da redemocratização. Foi um dos precursores da campanha pelas Diretas Já e, durante o século XXI, levou seu líder, Luiz Inácio Lula da Silva a dois mandatos presidenciais consecutivos, tornando-se o primeiro operário a chegar ao posto de Presidente da República na História do Brasil.

    Por mais que as Diretas Já tenham mobilizado milhões de pessoas em manifestações memoráveis em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, a Emenda Dante de Oliveira foi derrotada no Congresso Nacional e as eleições diretas para presidente só ocorreram em 1989.
O primeiro presidente civil, Tancredo Neves (PMDB) foi eleito, portanto, de forma indireta, mas não chegou a assumir o cargo porque na véspera de sua posse, dia 14 de março de 1985 foi internado às pressas no Hospital de Base de Brasília, a capital Federal.

    Dia seguinte, 15 de março de 1985 às 10 horas da manhã, tomava posse como primeiro presidente civil depois da Ditadura Militar, seu vice José Sarney da Frente Liberal, uma dissidência do PDS que futuramente se tornaria um novo partido político com a sigla PFL (Partido da Frente Liberal).
    
    Tancredo passaria por duas cirurgias ainda em Brasília devido a uma infecção que relutava a deixar seu corpo, sendo transferido em estado grave para o Instituto do Coração em São Paulo. No INCOR foram feitas mais cinco cirurgias e ele não melhorava, pelo contrário, em cada uma, seu estado só piorava e depois de 38 dias de agonia, no dia 21 de abril de 1985, feriado de Tiradentes, o mineiro Tancredo Neves falecia.


    O país inteiro chorou a sua morte. Uma multidão de cerca de duas milhões de pessoas acompanhou, nas ruas de São Paulo, o cortejo que levou o corpo de Tancredo até o aeroporto, de onde seguiu com destino a São João Del Rei, sua cidade natal.


terça-feira, 8 de junho de 2021

Os Bárbaros e o Império de Carlos Magno 2021



Os bárbaros eram povos que viviam fora das fronteiras do império. Eles se dividiam em:
Tártaro-mongóis: (hunos, turcos, búlgaros, húngaros – magiares);
Eslavos: (russos, poloneses, tchecos, sérvios);
Germanos: (visigodos, ostrogodos, hérulos, anglos, saxões, lombardos, vândalos e francos).

Os germanos eram os bárbaros mais conhecidos pelos romanos. Entre os séculos II e III eles já haviam se deslocado para dentro das fronteiras do império e receberam do governo de Roma, terras na fronteira norte para se estabelecerem devendo apenas participar do exército. Com isso, os germanos foram se integrando à sociedade romana.

A partir do século IV, porém, eles passaram a penetrar de forma mais violenta, fugindo do avanço dos terríveis hunos que por onde passavam aniquilavam tudo. Essas invasões tornaram-se incontroláveis a partir de 455 quando os vândalos invadiram e saquearam Roma, escravizando milhares de romanos.

O último imperador romano, Rômulo Augusto, foi deposto em 476 por Odoacro, chefe dos germanos hérulos. Esse episódio, conhecido como a Queda do Império Romano do Ocidente, marca o fim da Antiguidade e o Início da Idade Média.
A Era Medieval é dividida em Alta e Baixa Idade Média. A Alta Idade Média vai do século V ao século XI, o período medieval inicia com o surgimento de diversos reinos no território do antigo império romano.

Os principais reinos bárbaros foram:
• Reino dos Vândalos: Península Ibérica;
• Reino dos Ostrogodos: Península Itálica;
• Reino dos Anglo-Saxões: Inglaterra;
• Reino dos Francos: França e Alemanha.

Os Francos eram tribos de origem germânica que habitavam a região onde hoje é a Alemanha. Em busca de novas terras, os francos invadem a GÁLIA, atual França. Os francos formaram seu império com a unificação das tribos por Clóvis que reinou entre os anos de 482 e 511. Ele promoveu também a expansão do território do reino derrotando outros bárbaros. O reino franco teve duas dinastias, a Merovíngia e a Carolíngia.

Clóvis converteu-se ao catolicismo e obrigou os francos a fazer o mesmo. A igreja Católica via nos francos a salvação da civilização romana e por isso aliou-se a eles para manter-se no poder. O mesmo continuou acontecendo com a chegada ao poder de Carlos Magno que prestava enormes favores a igreja como proteção contra povos inimigos dela. Em 800, o papa Leão III corou Carlos Magno como imperador do Novo Império Romano do Ocidente.

Em 768, Carlos Magno, sobe ao trono dos francos. Carlos Magno conquista diversos territórios ao seu reino fundando um império, o Sacro Império Romano Germânico. Sob seu comando os francos submeteram diversos povos germânicos e conquistou um vasto império, o maior da Europa na época.

Durante seu reinado, Carlos Magno, assessorado por intelectuais, estimulou a abertura de escolas e mosteiros, incentivando as atividades intelectuais e artísticas e protegendo artistas. Com isso, contribuiu para a preservação e transmissão da cultura da antiguidade clássica.

Após a morte de Carlos Magno, o império franco caiu em decadência, devido a divisão feita entre seus quatro filhos.

Veja o mapa da evolução do reino franco até a divisão em 870

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Vídeo Aula: América Colonial (2021)




Colonização Inglesa

No ano de 1620, o navio Mayflower saiu da Inglaterra com um grupo de artesãos, pequenos burgueses, comerciantes, camponeses e pequenos proprietários interessados em habitar uma terra onde poderiam prosperar e praticar o protestantismo livremente. Chegando à América do Norte naquele mesmo ano, os colonos fundaram a colônia de Plymouth – atual estado de Massachusetts – que logo se transformou em ponto original da chamada Nova Inglaterra. 

Com o passar do tempo, esse processo de colonização estabelecida por meio da ação autônoma de determinados indivíduos passou a ganhar características mais diversas. Na região norte, a colonização de povoamento teve que suplantar grandes dificuldades que com a posterior consolidação de pequenas propriedades e o uso de mão de obra livre permitiram a formação de um comércio diversificado sustentado pela introdução da manufatura e o surgimento de um mercado consumidor. 

Na região sul, as especificidades geográficas e climáticas propiciaram um modelo de colonização distinto. O clima subtropical, o solo fértil e as planícies cortadas por rios navegáveis consolidaram um modelo de colonização semelhante aos padrões ibéricos. Dessa forma, o sistema de Plantation estabeleceu o surgimento de grandes fazendas monocultoras produtoras de tabaco, arroz, índigo e algodão. Com isso, a grande demanda por força de trabalho favoreceu a adoção da mão de obra escrava vinda da África. 

Compondo um processo de ocupação tardio, a região central ficou marcada por uma economia que mesclava a produção agropecuarista com o desenvolvimento de centros comerciais manufatureiros. As primeiras colônias centrais apareceram por volta de 1681, com a fundação das colônias do Delaware e da Pensilvânia. 

Durante a independência das colônias, esta região teve grande importância na organização das ações que deram fim à dominação britânica. 

Formaram então as 13 Colônias Inglesas da América que eram assim divididas: 

Colônias do Norte (Nova Inglaterra): New Hampshire, Massachusetts,
Rhode Island e Connecticut; 
Colônias Centrais: Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware; 
Colônias do Sul: Maryland, Virgínia, Carolina do Norte,
Carolina do Sul e Geórgia.


Colonização Espanhola
                
O Conselho Real e Supremo das Índias era o órgão controlador da colonização, centralizado na Espanha e representado, na América espanhola, pelos chapetones (espanhóis). As Casas de Contratação era o órgão responsável pelas negociações e pela arrecadação de impostos tanto na metrópole (Espanha) quanto nas colônias. Os Cabildos ou Câmaras Municipais tinham como função a decretação de prisões, a criação de impostos e eram a principal fonte de poder, na medida em que as decisões eram tomadas nessas Câmaras. Os criollos (filhos de espanhóis nascidos na América) constituíam os cabildos. 

O pacto colonial, ou seja, as relações entre metrópole e colônia, na colonização espanhola foi bastante rígidas, fazendo com que a extração de metais preciosos fosse destinada, quase que totalmente, para a exportação. 

A mão de obra indígena foi mais intensamente utilizada que a dos negros. Os nativos eram submetidos à mita, no qual eles eram retirados de suas tribos e obrigados a trabalhar nas minas, recebendo um pagamento irrisório. Além disso, havia a encomienda, onde os indígenas não recebiam, se caracterizando como um trabalho escravo. 

Politicamente, a América espanhola era dividida em: 


Vice-reino da Nova Espanha: (parte do território atual do México, abrangendo ainda regiões incorporadas mais tarde ao sudoeste dos Estados Unidos), 
Vice-reino do Peru
Vice-reino do Rio da Prata: (fragmentou-se em quatro países: Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai); 
Vice-reino de Nova Granada: (englobava o Equador, a Colômbia e o Panamá).


Além dos Vice-reinos, a estrutura administrativa colonial ainda estabeleceu subdivisões administrativas que foram denominadas Capitanias Gerais, sendo elas: Cuba, Venezuela, Guatemala (que além da atual Guatemala ainda incluía a Nicarágua, Honduras e Costa Rica), Chile e Flórida.


Colonização Portuguesa
            
Os primeiros trinta anos do domínio português no Brasil (1500 – 1530) é chamado de período pré-colonial, pois o governo português não traçou um plano de ocupação, limitou-se apenas a defendê-la contra invasões, principalmente francesas. O interesse pelo pau-brasil foi a única forma de preocupação da metrópole portuguesa com a colônia. A extração do pau-brasil foi predatória, utilizando-se de mão de obra indígena, com retribuição de presentes (escambo). 

Em 1530, com o fracasso do comércio oriental de especiarias e a preocupação com invasões e ocupações estrangeiras, a Coroa portuguesa decidiu pela ocupação das terras brasileiras. O território colonial foi dividido em 15 lotes de terras denominados Capitanias Hereditárias que foram entregues a 12 donatários que deveria explorá-las com recursos próprios. 

Dois documentos regiam esse sistema, as Cartas de Doação e os Forais. A carta de doação era o documento que comprovava a posse da terra, já o Foral determinava os direitos e os deveres dos donatários. Esse sistema não surtiu os efeitos desejados e apenas duas capitanias prosperaram, a Capitania de São Vicente e a Capitania de Pernambuco, ambas devido ao cultivo de cana de açúcar. 

Em 1549, diante do fracasso do sistema de Capitanias, D. João III criou o Governo Geral do Brasil para centralizar a ação colonizadora e garantir a unidade administrativa. Com o Governo Geral, Portugal, assumia diretamente a colonização sem extinguir contudo as capitanias, valendo dos esforços da iniciativa privada. 

O governador-geral era nomeado diretamente pelo rei por um período de quatro anos e contava com a ajuda de três auxiliares, que com ele formavam o Conselho de Governo. Destes três auxiliares, o ouvidor-mor era responsável pela Justiça, o provedor-mor, pelas finanças e o capitão-mor, pela defesa do litoral. 

Os governadores gerais foram Tomé de Sousa (1549 – 1553), Duarte da Costa (1553 – 1558) e Mem de Sá (1558 – 1572). Durante a fase dos governos gerais, definiu-se a base econômica da colonização, a produção de açúcar

Os portugueses não encontraram de início metais preciosos e optaram pela colonização a base agrícola devido suas experiências nas ilhas do Atlântico (Açores e Cabo Verde). O açúcar é de origem indiana, foi introduzido na Europa e chegou a ser produzido na Sicília. São Vicente foi a primeira capitania onde se fez cultivo da cana, mas o Nordeste foi a região que mais se destacou na empresa do açúcar. 

Os fatores que determinaram o êxito da empresa são o interesse do mercado externo, a experiência dos portugueses, a qualidade dos solos e as condições climáticas, a participação holandesa, através do financiamento, refino e distribuição na Europa. 




A forma de ocupação da terra era a grande propriedade (sesmarias, que tinha em média entre 6 e 24 km). O engenho era a unidade produtora. Produzia além do açúcar tudo mais do que necessitava, havia dois tipos de engenho, os engenhos reais, movidos à água e os trapiches, utilizavam tração animal.

O engenho era composto pela casa-grande, senzala, casa do engenho e capela. Um engenho de porte médio contava com cinquenta escravos, os grandes com centenas . As terras do engenho eram formadas pôr canaviais, pastagens e áreas dedicadas ao cultivo de alimentos. 

O açúcar era produzido como monocultura, cujo caráter era extensivo, havia a incorporação de novas terras e não pela melhoria técnica. Ao mesmo tempo desenvolvia-se a pecuária, que se tornou uma atividade independente do engenho, interiorizando o processo colonização. O povoamento e colonização do Brasil começou com a ocupação do litoral mediante á expansão da cultura açucareira 


De 1572 a 1578, o Brasil foi dividido em dois governos, o do Norte (Salvador) a cargo de Luís de Brito e Almeida e o do Sul (Rio de Janeiro) com Antônio Salema. Com o fracasso da divisão, deu-se a reunificação. Salvador era novamente a sede, sob a administração de Lourenço da Veiga. Entre 1602 e 1612, durante a União Ibérica, ocorreu nova divisão e outra reunificação. Em 1621, o Brasil foi dividido em dois estados: Estado do Brasil e Estado do Maranhão e, desta feita, até 1775, quando foi reunificado pelo Marquês de Pombal.


Vídeo Aula; A crise Econômica de 1929 (2021)



No fim da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos eram a maior potência econômica do mundo. Em 1920, a indústria norte-americana produzia quase 50% de toda a produção industrial do mundo. 

O progresso tecnológico do país favoreceu um crescimento fabuloso da produção econômica. Os americanos viviam um clima de grande euforia. 

Este clima de euforia e prosperidade econômica permaneceu durante quase toda a década de 1920. Entretanto, em 1929, o país mergulhou numa terrível crise econômica que se espalhou por vários países do mundo. 

Havia uma enorme quantidade de mercadorias para as quais não existiam compradores. Ou seja, houve uma superprodução de mercadorias, o que fez seus preços despencar. Mesmo assim, não conquistavam consumidores. 

Os produtores agrícolas e industriais compreenderam então a necessidade de reduzir o ritmo de suas atividades. Para Isso, precisavam demitir milhões de trabalhadores. No decorrer da crise, o número de desempregados nos Estados Unidos atingiu mais de 15 milhões de pessoas. 

Em 29 de outubro de 1929 ocorreu a queda vertiginosa de milhões de ações da Bolsa de Valores de Nova York. As ações perderam quase todo o seu valor financeiro. Mais de 9 mil bancos quebraram, 85 mil empresas faliram, a população americana passou fome grande parte do período da Grande Depressão de 1929 a 1932. 
A quebra da Bolsa de Valores de Nova York repercutiu na maioria dos países capitalistas. No período de 1929 a 1933, o comércio internacional teve uma redução de 25% e a produção industrial teve uma queda de aproximadamente 39%. 

Na Europa, os americanos retiraram o dinheiro emprestado, provocando; falências em bancos; falências em empresas; aumento do número de desempregados. 

Na América Latina, a repercussão da crise foi muito grande, pois os países forneciam basicamente produtos agrícolas e matérias-primas aos Estados Unidos. Com a crise, os Estados Unidos reduziram ou cortaram as compras que faziam desses países. Com menos dinheiro, os países latino-americanos deixaram de investir, gerando com isso desemprego e miséria. 

O Brasil também foi afetado pela crise de 1929. O Café era o principal produto de exportação brasileiro, e os Estados Unidos, o nosso principal comprador. Por causa da crise, os Estados Unidos diminuíram suas compras de café, provocando o aumento dos estoques do produto no Brasil. Com excesso de oferta, os preços caíram gerando a falência de grandes fazendeiros e desemprego em massa no campo e nas cidades que dependiam da economia cafeeira. 

Para sair da crise, os americanos elegeram para presidente o democrata Franklin Delano Roosevelt (1933-1945), que adotou um conjunto de medidas socioeconômicas chamado de New Deal (novo acordo). 

As principais medidas do New Deal foram: 

•controle pelo governo dos preços agrícolas e industriais; 

•congelamento dos salários; 

•concessão de empréstimos a industriais e proprietários rurais falidos; 

•realização de diversas obras públicas oferecendo trabalho a milhões de desempregados; 

•redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, salário-mínimo, férias remuneradas, 13º salário, seguro desemprego e aposentadoria. 

Com essas medidas, os Estados Unidos superaram a maior crise econômica de sua história, recuperaram o orgulho e voltaram a crescer a partir de 1935. Mas a crise só foi totalmente superada com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Vídeo aula Civilização Romana




Localização e Origem
Roma, capital da Itália, conhecida como cidade eterna por sua história milenar, localiza-se na planície do Lácio, as margens do rio Tibre, próximo do mar Tirreno, no centro da Península Itálica, região sul da Europa. 

No século X a.C., viviam no centro dessa região diversos povos entre eles os italiotas (latinos, volscos, équos, úmbrios, sabinos, samnitas, etc.), os etruscos no norte e os gregos no sul (Magna Grécia). 

Por volta do século VII a.C., os etruscos impuseram seu domínio aos italiotas, e a aldeia romana acabou-se por tornar uma cidade. Ao adquirir características de cidade, Roma iniciou um processo de organização político-social que resultou na Monarquia. 

A história política de Roma é dividida nos seguintes períodos:
•Monarquia (753 a.C. – 509 a.C.) – Com sete reis;
•República (509 a.C. – 27 a.C.) – governo do senado;
•Império (27 a.C. – 476 d.C.) – com 77 imperadores.

A Monarquia Romana
Durante a monarquia, Roma era governada por um rei (chefe militar, religioso e juiz) e suas funções eram fiscalizadas pelo Senado (conselho de velhos cidadãos ricos) e pela Assembleia Curial (formada por soldados organizados em cúrias de dez tribos). 

São conhecidos sete reis romanos: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco (o Antigo), Sérvio Túlio e Tarquínio (o Soberbo). Provavelmente deve ter existidos outros reis, porém não há comprovação histórica. Dos reis citados acima quatro eram italiotas e os três últimos eram etruscos. 

A sociedade era formada por patrícios (grandes proprietários de terras, os ricos) com todos os direitos políticos e sociais, os clientes (apadrinhados pelos patrícios de quem dependiam), plebeus (homens e mulheres livres, artesãos e camponeses) eram a maioria e os escravos (prisioneiros de guerra). 

Apesar dos progressos que Roma vinha alcançando com a Monarquia, no reinado de Tarquínio as famílias romanas poderosas (os patrícios) ficaram insatisfeitas com as medidas adotadas por esse rei etrusco em favor dos plebeus. 

Para controlar diretamente o poder em Roma, os patrícios, que formavam o Senado, rebelaram-se contra o rei, expulsando-o estabelecendo uma nova organização política: a República.


A República Romana
Com a instalação da República, os patrícios organizaram uma estrutura social e administrativa que lhes permitia exercer domínio sobre Roma e desfrutar os privilégios do poder. 

Os patrícios controlavam quase a totalidade dos altos cargos da República. Esses cargos eram exercidos por dois cônsules e outros importantes magistrados. Na chefia da República os cônsules eram auxiliados pelo Senado, composto por trezentos destacados cidadãos romanos. Havia, ainda, a Assembleia dos Cidadãos, manobrada pelos ricos patrícios. 

Embora os plebeus constituíssem a maioria da população, eles não tinham direito de participar das decisões políticas. Tinham deveres a cumprir: lutar no exército, pagar impostos etc. 

A segurança de Roma dependia de um exército forte e numeroso. Os plebeus eram indispensáveis na formação do exército, uma vez que constituíam a maior parte da população. 
Conscientes disso e cansados de tanta exploração, os plebeus recusaram-se a servir o exército, o que representou duro golpe na estrutura militar de Roma. Iniciaram uma longa luta política contra os patrícios, que perdurou por mais de um século. Lutaram para conquistar direitos, como o de participar de decisões políticas, exercer cargos da magistratura ou casar-se com patrícios. 

Para retornar ao serviço militar, os plebeus fizeram várias exigências aos patrícios e conquistaram direitos. Entre eles encontrava-se a criação de um comício da plebe, presidido por um tribuno da plebe. 

A pessoa do tribuno da plebe seria inviolável, pessoa protegida contra qualquer violência ou ação da justiça. Ela teria também poderes especiais para cancelar quaisquer decisões do governo que prejudicassem os interesses da plebe. 

Outras importantes conquistas obtidas pela plebe foram:
•Lei das Doze Tábuas (450 a.C.);
•Lei Canuleia (445 a.C.);
•Eleição dos magistrados plebeus (362 a.C.);
•Proibição da escravidão por dívidas (366 a.C.).

A luta política entre patrícios e plebeus não chegou a desestabilizar o poder republicano. Prova disso é que a República romana expandiu notavelmente seu território através de várias conquistas militares. 

As primeiras evidências da expansão militar consistiram no domínio completo da península itálica. Mais tarde, tiveram inicio as guerras contra Cartago (cidade no norte da África), conhecidas como Guerras Púnicas. Posteriormente veio a expansão pelo mundo antigo. 

As conquistas militares acabaram levando a Roma à riqueza dos países dominados. O estilo de vida romano, antes simples e modesto, tornou-se luxuoso e requintado, com a construção de grandes casas, utilização pelos patrícios de roupas finas, melhora e diversificação da alimentação, contato e a influência de outras culturas como a grega, por exemplo, a formação de grandes propriedades rurais controladas pelos patrícios e migração dos plebeus para as cidades em principal, Roma que passou a sofrer com problemas de miséria e revoltas urbanas. 
O crescente aumento do número de plebeus pobres e miseráveis tornou-se cada vez mais tensa a situação social e política em Roma, pois os ricos comerciantes e grandes proprietários rurais não queriam conceder nenhuma reforma social que permitisse a diminuição de seus privilégios. 

Com o agravamento da crise, tradicionais instituições foram questionadas, e um clima de desordem e agitação foi tomando conta da vida das cidades. Diversos chefes militares entraram, sucessivamente, em luta pelo poder, marcando o processo de transição para o império. Entre os principais acontecimentos desse processo destacam-se:

•Em 107 a.C., o general Caio Mário tornou-se cônsul. Reformou o exército, instituindo o pagamento de salário (soldo) para os soldados. 

•Em 82 a.C., o general Cornélio Sila, representando a nobreza, derrotou Caio Mário e instituiu um governo ditatorial. 

•Em 79 a.C., Sila foi forçado a deixar o poder devido a seu estilo antipopular de governo, pois a situação social estava incontrolável. 

•Em 60 a.C. estabeleceu-se o Primeiro Triunvirato, formado por Crasso, Julio César e Pompeu para governar Roma. Pouco tempo depois de assumir o poder, Crasso foi assassinado. Surgiu, então, séria rivalidade entre Pompeu e Julio César. César saiu vitorioso e tornou-se ditador supremo de Roma. Promoveu, durante o seu governo, diversas reformas sociais para controlar a situação. Em 44 a.C. foi assassinado por uma conspiração organizada por membros do Senado. 

•Em 43 a.C., estabeleceu-se o Segundo Triunvirato, composto por Marco Antonio, Otávio e Lépido. O poder foi dividido entre os três: Lépido ficou com os territórios africanos, mas depois foi forçado a retirar-se da política; Otávio ficou responsável pelos territórios ocidentais; e Marco Antonio assumiu o controle dos territórios do Oriente. Surgiu intensa rivalidade entre Otavio e Marco Antonio, que se apaixonara pela rainha Cleópatra, do Egito. Declarando ao Senado que Marco Antonio pretendia formar um império no Oriente, Otavio conseguiu o apoio dos romanos para derrotá-lo. Assim, tornou-se o grande senhor de Roma. 

Otávio após derrotar Marco Antônio e a rainha do Egito Cleópatra, concentrou em suas mãos tantos títulos e poderes doados pelo senado como imperator (chefe do exército) e augusto (divino) que se tornou imperador no ano 27 a.C.


O Império Romano - Alto Império (27 a.C. - 235 d.C.)
 Otávio Augusto tornou-se, na prática, rei absoluto de Roma. Mas não assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as instituições republicanas (Senado, Comício Centurial e Tribal etc.) continuasse existindo na aparência. 

Durante o longo governo de Otávio Augusto (27 a.C.-14 d.C.), uma série de reformas sociais administrativas foi realizada. Roma ganhou em prosperidade econômica. O imenso império passou a desfrutar um período de paz e segurança, conhecido como Pax Romana. 

Após a morte de Otavio Augusto, o trono romano foi ocupado por vários imperadores, que pode ser agrupados em quatro dinastias:
Dinastia dos Julios-Claudius (14-68): Tibério, Calígula, Claudio e Nero;
Dinastia dos Flávios (69-96): Vespasiano e Domiciano;
Dinastia dos Antoninos (96-192): Nerva, Trajano, Adriano, Marco Aurélio, Antinino Pio e Cômodo.
Dinastia dos Severos (193-235): Sétimo, Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre.

Baixo Império (235-476)
Esse período corresponde à fase final do período imperial. Costuma ser subdividido em: 

Baixo Império pagão (235-305): período em que dominava as religiões não cristãs. Destacou-se o reinado de Diocleciano, que dividiu o governo do enorme império entre quatro imperadores (tetrarquia) para facilitar a administração. Esse sistema de governo, entretanto não se consolidou. 

Baixo Império Cristão (306-476): nesse período, destacou-se o reinado de Constantino, que através do Edito de Milão, concedeu liberdade religiosa aos cristãos. Consciente dos problemas de Roma, Constantino decidiu mudar a capital do império para a parte oriental. Para isso remodelou a antiga Bizâncio (cidade fundada pelos gregos) e fundou Constantinopla, que significava "cidade de Constantino”. 

A cidade de Roma foi umas das maiores do mundo antigo com mais de 1 milhão de habitantes. No império, o número de plebeus, ex-escravos e homens livres desempregados era muito grande. As revoltas sociais eram frequentes. Para acalmar um pouco essa população, os imperadores distribuíam regularmente trigo à população pobre e os alegravam com espetáculos de teatro, circo e lutas de gladiadores. 

Para sustentar um grande império que exigiam enormes gastos públicos administrativos e militares, foi necessário o aumento de impostos, desagradando às elites, a falta de escravos com o fim das conquistas militares, a violência e miséria das cidades romanas foram as principais causa da crise que levou ao fim do império romano no século V. 

O Baixo Império foi sendo corroído por uma longa crise social, econômica e política. Para piorar ainda mais a situação, os romanos tiveram de enfrentar a pressão dos povos bárbaros. 

Chegou um momento em que os romanos perceberam que os soldados encarregados de defender Roma vinham dos próprios povos contra os quais eles (romanos) combatiam. 

Com a morte de Teodósio, em 395, o grande império Romano foi dividido em: Império Romano do Ocidente, com sede em Roma; e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. 

A finalidade dessa divisão era fortalecer cada uma das partes do império para vencer a ameaça das invasões bárbaras. Entretanto, o Império Romano do Ocidente não teve organização interna para resistir aos sucessivos ataques dos povos bárbaros. 

Em 476, o último imperador de Roma, Rômulo Augusto, foi deposto por Odoacro, rei do hérulos, um dos povos bárbaros. 

Quanto ao Império Romano do Oriente, embora com transformações, sobreviveu até 1453, ano em que os turcos conquistaram Constantinopla. A cultura ocidental tem suas origens na Roma antiga. Várias línguas modernas como o português, espanhol, francês, romeno e italiano, falado por quase um bilhão de habitantes em todo o mundo surgiram do latim, língua falada pelos romanos, o direito romano inspirou as constituições atuais, o cristianismo uma das maiores religiões da atualidade foi religião oficial nos últimos anos do império romano, arquitetura de igrejas e aquedutos, teatro, escultura, literatura, o mecenato, forma de se administrar um grande império, etc.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Vídeo Aula: Império de Alexandre e o Helenismo


















Alexandre assumiu o reino da Macedônia aos 20 anos, após o assassinato do pai (336 a. C.) e alegando vingança pelas invasões persas anteriores, se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino.
Apoiado em um poderoso e organizado exército, a famosa Falange Macedônica uma verdadeira máquina de guerra formada por infantes muito bem treinados e disciplinados, com suas enormes zarissas, (lanças de mais de 6 metros), era apta tanto em aguentar as incursões da cavalaria e os choques frontais dos carros de combate do inimigo, como, num repente, fazer sair de dentro das suas linhas, regimentos de infantaria ligeira, com arcos e lanças curtas, capazes de num instante, em ação conjunta com a cavalaria de Alexandre, pôr o inimigo em fuga.
Cruzou o Helesponto (334 a. C.), na batalha de Isso (333 a. C.) derrotou Dario pela primeira vez, depois conquistou a Síria (332 a. C.) e entrou no Egito. No delta do rio Nilo fundou Alexandria (332 a. C.), com o propósito de realizar o sonho de unir a cultura oriental à ocidental, e a cidade logo se projetou como polo cultural (com sua famosa biblioteca de 200 mil volumes) e comercial.
A seguir voltou a Mesopotâmia, onde novamente enfrentou e aniquilou de vez o poder de Dario na batalha de Gaugamela (331 a. C.), determinando a queda definitiva da Pérsia. Com a morte de Dario (330 a. C.), foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa.
Casou com Roxana (328 a. C.), filha do sátrapa da Bactriana, com quem teve um filho. Partiu então para a longínqua Índia (327 a. C.), país mítico para os gregos, no qual fundou colônias militares e cidades, mas com as tropas cansadas decidiu regressar à Pérsia, viagem em que foi acometido de uma febre desconhecida que se mostrou incurável e o matou aos 33 anos, na Babilônia.
Assim, o Império Macedônio fragmentou-se. O general Ptolomeu, por exemplo, passou a governar o Egito e recusou-se a pagar tributos aos macedônios, tornando-se o fundador de longa dinastia, à qual pertenceu a rainha Cleópatra.
O mundo jamais viu outro governante de existência tão curta, formar um império tão grande, pela Ásia e norte da África, da Índia até o Egito, eliminando o império persa e estabelecendo completo domínio sobre a Grécia, Palestina, Egito, Pérsia e Mesopotâmia e chegando até a Índia, fundando várias cidades e tornando-o o maior império territorial até então conhecido, com o mérito de manter esta unidade imperial sobre um território tão amplo e complexo, respeitando os vencidos e seus costumes e religiosidades.
Suas conquistas trouxeram a influência da civilização grega no Oriente tornando-o fundador do helenismo, o fenômeno cultural, político e religioso que se prolongou até os tempos do império romano.

Helenismo
O helenismo resultou da fusão da cultura grega com a cultura oriental, promovida pela expansão do império Macedônico com Alexandre Magno. Os principais centros da cultura helenística foram Alexandria, no Egito, Antioquia, na Turquia, e Pérgamo, na Ásia Menor.
As principais contribuições para a formação do mundo ocidental ocorreram:
•Artes: caracterizada pelo realismo exagerado e pelo sensacionalismo. Os maiores exemplos disso são o Farol de Alexandria, Grande Altar de Zeus, em Pérgamo, as estátuas de Vênus de Milo e Vitória de Samotrácia;
•Arquitetura: construção de luxuosos palácios e templos e pela origem de um novo estilo de colunas, o estilo coríntio;
•Filosofia: as mais importantes doutrinas filosóficas helenísticas foram o estoicismo e o epicurismo;
•Literatura: o destaque especial cabe ao teatro, com Menandro, autor de várias comédias e a poesia bucólica de autores como Teócrito;
•Ciências: Os grandes nomes deste período foram Euclides (geometria), Arquimedes (descobridor da lei da alavanca e da hidrostática, inventor do parafuso tubular para bombear água, a hélice, as lentes convexas, catapultas, que atiravam pedras enormes sobre os inimigos, um sistema de espelhos, que concentrava os raios solares, para incendiar vários navios inimigos e criou um planetário), Hiparco (fundamentos da trigonometria, inventou o astrolábio e a representação do globo terrestre), Erastótenes (calculou a circunferência da Terra com uma margem de erro extremamente pequena), Aristarco (criador da teoria heliocêntrica).

terça-feira, 6 de abril de 2021

Vídeo Aula: Civilização Grega


A Grécia Antiga localizava-se no sudeste da Europa na península balcânica entre os mares Jônio, Egeu e Mediterrâneo e era dividida em três regiões distintas:
Continental: localizada na península e chamada pelos gregos de Hélade; 
Insular: constituída pelas ilhas dos três mares que circundam a região; 
Asiática: chamada de Jônia que correspondia à costa ocidental da Ásia Menor. 

A população da Grécia Antiga foi formada pela junção de quatro povos de origem indo-europeia que chegaram à região em épocas diferentes, eram eles os aqueus, os eólios, os jônios e os dórios. 

Os períodos da história política grega foram: 
Homérico – séculos XV a.c. a VIII a.c.; 
Arcaico – séculos VIII a.c. a VI a.c.; 
Clássico – séculos VI a.c. a IV a.c.; 
Helenístico – séculos IV a.c. a I a.c.. 

A Grécia não tinha um governo único, um rei que dominava todo o país. Ao contrário, era dividida em várias cidades-estados, cada uma com seu próprio governo e independente da outra. As principais cidades eram Atenas, Esparta, Tebas, Micenas, etc. 

Entre os gregos havia conflitos e diferenças, mas muitos elementos culturais em comum como falar a mesma língua e acreditar nos mesmos deuses. Em função disso, reconheciam-se como helenos e chamavam de bárbaros os povos que não falavam sua língua e não tinham seus costumes. 


Esparta 
A cidade, fundada pelos dórios, localizava-se na Península do Peloponeso, na região da Lacônia, as margens do rio Eurotas

Politicamente a cidade tinha dois reis. Havia também outros órgãos administrativos como: 
•A Gerúsia – homens com mais de 60 anos; 
•A Ápela – homens com mais de 30 anos; 
•O Conselho dos Éforos – 5 anciãos. 

Sua população dividia-se em 3 classes sociais: 
Esparcíatas – os cidadãos; 
Periecos – classe intermediária; 
Hilotas – os escravos 

Os cidadãos espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar. Por isso, a cidade tinha o melhor exército do mundo grego. 

A educação masculina era dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra. 

Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários. 

As mulheres espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos. Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela frequente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar. 


Atenas 
A cidade de Atenas localizava-se na planície da Ática, a 5 km do mar Egeu, surgiu da fusão de aqueus, eólios e jônios de quem os atenienses se sentiam herdeiros. 

A cidade teve várias formas de governo como a monarquia, a oligarquia, mas foi conhecida mesmo pela democracia onde os cidadãos se reuniam na Ágora para tomar as decisões importantes e escolher um governante entre eles por um período de 6 meses sem reeleição. 

Sua sociedade dividia-se em 3 classes sociais: 
Eupátridas – os cidadãos; 
Metecos – os estrangeiros; 
Escravos

Devido aos solos pouco férteis da região, os atenienses lançaram-se à navegação marítima, aproveitando a proximidade do litoral. Tornaram-se excelentes marinheiros, chegando a dominar grande parte do comércio pelo Mar Mediterrâneo. 

A democracia instituída por Clístenes foi o mais importante legado deixado pela cidade, fato que transformou a cidade na mais importante de todas da Grécia Antiga. 

Durante os séculos V a.c. e IV a.c. devido à riqueza vários artistas e intelectuais viveram na cidade e transformaram para sempre a cultura que se espalharia depois por todo o mundo ocidental influenciando outras civilizações e sociedades até o mundo atual. 


As Guerras 
No período clássico, Atenas e depois Esparta tornaram-se as mais importantes cidades gregas, mas questões econômicas e políticas trouxeram choques de interesses, levando os gregos a lutarem contra outros povos e também entre si. Entre as principais guerras desse período destacam-se: 

Guerras Médicas (499 a.c. – 475 a.c.): A ascensão econômica e cultural da Grécia provocou disputas por rotas comerciais e matérias-primas entre gregos e persas. Essa é uma das razões do longo conflito entre gregos e persas. Essas guerras acabaram promovendo a solidariedade entre os gregos que reforçaram sua identidade cultural contrastando-a com a dos persas. Sob a liderança dos atenienses e espartanos, os cidadãos de outras polis gregas uniram-se para expulsar os persas. Ao final das guerras, Atenas tornou-se a cidade mais poderosa tanto militar quanto economicamente, despertando a ira de outras cidades como Esparta; 


Guerra do Peloponeso (431 a.c. – 404 a.c.): Algumas cidades gregas começaram a se rebelar contra o crescente poder de Atenas no mundo grego. Sob a liderança de Esparta, formou-se uma aliança político-militar conhecida como Liga do Peloponeso para combater a Liga de Delos liderada por Atenas. A guerra do Peloponeso durou 27 anos e ao final, Esparta estendeu seu domínio sobre a Grécia por 30 anos (404 a.c. – 371 a.c.). Após esse período, uma nova revolta liderada pela cidade de Tebas, que contava com um poderoso exército, derrotou os espartanos e instituíram um período de hegemonia que durou mais 10 anos;




Domínio Macedônio: Depois de tantos anos de guerras internas, as cidades gregas enfraqueceram-se abrindo caminho para a invasão e conquista da Grécia pelos macedônios liderados por Filipe II, na batalha de Queronéia em 338 a.c. Filipe organiza então a Grécia em uma confederação, a Assembleia de Corinto, procurando unir os gregos com um objetivo comum, conquistar o Império Persa como forma de vingar pela invasão de 480 a.c.. Contudo, Filipe viria a ser assassinado por um nobre macedônio em 336 a.c., tendo sido sucedido pelo seu filho Alexandre. 

Herança Cultural 
Grande parte da cultura ocidental deve-se a contribuição dos gregos. Foram eles que alteraram o alfabeto fenício, modernizando-o e acrescentando letras, mudaram a direção da escrita para o sentido da esquerda para a direita, fizeram as primeiras escolas mais ou menos como elas são hoje com suas disciplinas, as provas esportivas como jogos olímpicos, o ideal cívico onde eles amaram suas cidades e chegaram a morrer por elas, o regime democrático e o amor pela liberdade, criaram o teatro, além de importantes contribuições na arquitetura, escultura, medicina, filosofia e ciências.