Related Posts Plugin for WordPress, Blogger... Fazendo História Nova: Civilização Grega

domingo, 2 de abril de 2017

Civilização Grega

A Grécia Antiga localizava-se no sudeste da Europa na península balcânica entre os mares Jônio, Egeu e Mediterrâneo e era dividida em três regiões distintas:
Continental: localizada na península e chamada pelos gregos de Hélade; 
Insular: constituída pelas ilhas dos três mares que circundam a região; 
Asiática: chamada de Jônia que correspondia à costa ocidental da Ásia Menor. 

A população da Grécia Antiga foi formada pela junção de quatro povos de origem indo-europeia que chegaram à região em épocas diferentes, eram eles os aqueus, os eólios, os jônios e os dórios. 

Os períodos da história política grega foram: 
Homérico – séculos XV a.c. a VIII a.c.; 
Arcaico – séculos VIII a.c. a VI a.c.; 
Clássico – séculos VI a.c. a IV a.c.; 
Helenístico – séculos IV a.c. a I a.c.. 

A Grécia não tinha um governo único, um rei que dominava todo o país. Ao contrário, era dividida em várias cidades-estados, cada uma com seu próprio governo e independente da outra. As principais cidades eram Atenas, Esparta, Tebas, Micenas, etc. 

Entre os gregos havia conflitos e diferenças, mas muitos elementos culturais em comum como falar a mesma língua e acreditar nos mesmos deuses. Em função disso, reconheciam-se como helenos e chamavam de bárbaros os povos que não falavam sua língua e não tinham seus costumes. 


Esparta 
A cidade, fundada pelos dórios, localizava-se na Península do Peloponeso, na região da Lacônia, as margens do rio Eurotas

Politicamente a cidade tinha dois reis. Havia também outros órgãos administrativos como: 
•A Gerúsia – homens com mais de 60 anos; 
•A Ápela – homens com mais de 30 anos; 
•O Conselho dos Éforos – 5 anciãos. 

Sua população dividia-se em 3 classes sociais: 
Esparcíatas – os cidadãos; 
Periecos – classe intermediária; 
Hilotas – os escravos 

Os cidadãos espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar. Por isso, a cidade tinha o melhor exército do mundo grego. 

A educação masculina era dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra. 

Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários. 

As mulheres espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos. Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela frequente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar. 


Atenas 
A cidade de Atenas localizava-se na planície da Ática, a 5 km do mar Egeu, surgiu da fusão de aqueus, eólios e jônios de quem os atenienses se sentiam herdeiros. 

A cidade teve várias formas de governo como a monarquia, a oligarquia, mas foi conhecida mesmo pela democracia onde os cidadãos se reuniam na Ágora para tomar as decisões importantes e escolher um governante entre eles por um período de 6 meses sem reeleição. 

Sua sociedade dividia-se em 3 classes sociais: 
Eupátridas – os cidadãos; 
Metecos – os estrangeiros; 
Escravos

Devido aos solos pouco férteis da região, os atenienses lançaram-se à navegação marítima, aproveitando a proximidade do litoral. Tornaram-se excelentes marinheiros, chegando a dominar grande parte do comércio pelo Mar Mediterrâneo. 

A democracia instituída por Clístenes foi o mais importante legado deixado pela cidade, fato que transformou a cidade na mais importante de todas da Grécia Antiga. 

Durante os séculos V a.c. e IV a.c. devido à riqueza vários artistas e intelectuais viveram na cidade e transformaram para sempre a cultura que se espalharia depois por todo o mundo ocidental influenciando outras civilizações e sociedades até o mundo atual. 


As Guerras 
No período clássico, Atenas e depois Esparta tornaram-se as mais importantes cidades gregas, mas questões econômicas e políticas trouxeram choques de interesses, levando os gregos a lutarem contra outros povos e também entre si. Entre as principais guerras desse período destacam-se: 

Guerras Médicas (499 a.c. – 475 a.c.): A ascensão econômica e cultural da Grécia provocou disputas por rotas comerciais e matérias-primas entre gregos e persas. Essa é uma das razões do longo conflito entre gregos e persas. Essas guerras acabaram promovendo a solidariedade entre os gregos que reforçaram sua identidade cultural contrastando-a com a dos persas. Sob a liderança dos atenienses e espartanos, os cidadãos de outras polis gregas uniram-se para expulsar os persas. Ao final das guerras, Atenas tornou-se a cidade mais poderosa tanto militar quanto economicamente, despertando a ira de outras cidades como Esparta; 


Guerra do Peloponeso (431 a.c. – 404 a.c.): Algumas cidades gregas começaram a se rebelar contra o crescente poder de Atenas no mundo grego. Sob a liderança de Esparta, formou-se uma aliança político-militar conhecida como Liga do Peloponeso para combater a Liga de Delos liderada por Atenas. A guerra do Peloponeso durou 27 anos e ao final, Esparta estendeu seu domínio sobre a Grécia por 30 anos (404 a.c. – 371 a.c.). Após esse período, uma nova revolta liderada pela cidade de Tebas, que contava com um poderoso exército, derrotou os espartanos e instituíram um período de hegemonia que durou mais 10 anos;




Domínio Macedônio: Depois de tantos anos de guerras internas, as cidades gregas enfraqueceram-se abrindo caminho para a invasão e conquista da Grécia pelos macedônios liderados por Filipe II, na batalha de Queronéia em 338 a.c. Filipe organiza então a Grécia em uma confederação, a Assembleia de Corinto, procurando unir os gregos com um objetivo comum, conquistar o Império Persa como forma de vingar pela invasão de 480 a.c.. Contudo, Filipe viria a ser assassinado por um nobre macedônio em 336 a.c., tendo sido sucedido pelo seu filho Alexandre. 

Herança Cultural 
Grande parte da cultura ocidental deve-se a contribuição dos gregos. Foram eles que alteraram o alfabeto fenício, modernizando-o e acrescentando letras, mudaram a direção da escrita para o sentido da esquerda para a direita, fizeram as primeiras escolas mais ou menos como elas são hoje com suas disciplinas, as provas esportivas como jogos olímpicos, o ideal cívico onde eles amaram suas cidades e chegaram a morrer por elas, o regime democrático e o amor pela liberdade, criaram o teatro, além de importantes contribuições na arquitetura, escultura, medicina, filosofia e ciências.

Nenhum comentário:

Postar um comentário