A Revolução Cubana foi o primeiro movimento que conseguiu resultados positivos contra a hegemonia norte-americana no continente.


Nos primeiros anos do século XX, não houve mudanças na estrutura econômica de Cuba. A economia continuava a ser agroexportadora, baseada no latifúndio monocultor açucareiro e a maior parte das terras passou a ser controlada pelo capital estrangeiro, assim como a quase totalidade do setor de serviços, inclusive a rede de turismo (voltada ao turismo estrangeiro).

Estando a pouco mais de 100 km de distância de Miami, o território cubano se tornou o quintal dos ricos e emergentes que passavam em Cuba seus finais de semana. O que era ilegal nos Estados Unidos era amplamente praticado em Cuba. Um lugar onde os yankees gastavam seus dólares com sexo, drogas e jogatina. Quando a noite caia, as ruas se enchiam de prostitutas, malandros e vagabundos.
Em 1925, subiu ao poder o ditador Gerardo Machado, que, não resistindo aos efeitos da crise de 1929, foi derrubado em 1933 por um movimento popular liderado por Ramón Grau de San Martin.
Em 1934 surge na política cubana a figura de Fulgêncio Batista, um sargento do Exército, que marcará a história cubana por ter se tornado várias vezes "presidente" do país. O período de governo de Fulgêncio Batista estendeu-se de 1934 até 1959. Somente foi interrompido entre 1944 e 1952, quando o Partido dos Autênticos elegeu Ramón Grau de San Martin e seguido a esse, em 1948, foi eleito Pio Socarrás, deposto pelo próprio Fulgêncio Batista.

Fora de Cuba, Fidel e Raul Castro e médico argentino Ernesto "Che" Guevara organizaram o movimento 26 de julho, com o claro objetivo de voltar a Cuba a derrubar a ditadura de Batista. O desembarque dos revolucionários do iate Granma estava sendo esperado pelas tropas de Fulgêncio Batista e marcou-se por uma sangrenta luta que levou à morte a maior parte dos integrantes do movimento.

As ideias dos revolucionários conquistaram, sobretudo o apoio dos camponeses e operários, que sofriam com salários baixos, desemprego, falta de terra, doenças e analfabetismo.

Os guerrilheiros desceram a serra e se espalharam pelo país, abrindo uma frente de guerra contra o exército de Batista. Nas cidades, grupos de apoio atacavam a polícia e as instalações do exército.
Em 1 de janeiro de 1959, comandados por Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Raul Castro, tomaram Havana e outras cidades importantes. Fulgêncio Batista e membros de seu governo abandonaram Havana.
Os rebeldes dominaram Havana em 2 de janeiro de 1959. Um novo presidente assumiu, substituído depois por Fidel Castro, líder da Revolução. O novo governo tomou diversas medidas, entre as quais, reforma agrária, com a expropriação das grandes propriedades, nacionalização de empresas estrangeiras e dos setores-chave da economia, como combustíveis, sistema de comunicações e de energia elétrica (reduzindo as tarifas de imediato), reforma do ensino para erradicar o analfabetismo, sendo a educação gratuita em todos os níveis. Medidas voltadas para a saúde pública, etc. Em 1961, Cuba optou pelo socialismo, contrariando os interesses norte-americanos.
Os Estados Unidos reagiram à revolução cubana, com um bloqueio econômico (1959) e um golpe fracassado da CIA, a invasão da Baía dos Porcos, em 1961, por uma força militar treinada e financiada pelos Estados Unidos, formada por exilados cubanos.
A derrota norte-americana fortaleceu Fidel, que diante da ameaça dos Estados Unidos, procurou e obteve apoio da União Soviética e de outros países socialistas. Em maio de 1961, Fidel declarou que Cuba passava a ser um Estado Socialista. Num pronunciamento histórico, afirmou que adotava o marxismo-leninismo e se aproximava da URSS.

Sob influência dos Estados Unidos, a OEA (Organização dos Estados Americanos), expulsou Cuba da organização, determinando seu isolamento político e econômico.

Com a crise dos regimes socialistas e a desintegração da União Soviética, Cuba perdeu uma importante fonte de ajuda econômica. As dificuldades da população são grandes, sobretudo em relação ao abastecimento de produtos essenciais. Também, têm ocorrido manifestações de intelectuais e de outros grupos reivindicando liberdade de expressão e maior participação nas decisões políticas.
Cuba mantém-se fiel aos princípios do socialismo, embora na esfera econômica venha adotando medidas destinadas a atrair investimentos privados do exterior.

Após 49 anos no poder, em 19 de fevereiro de 2008, Fidel Castro anunciou sua renúncia ao cargo de presidente de Cuba e à chefia do Partido Comunista Cubano. O sucessor de Castro, no comando de Cuba, é seu irmão mais jovem Raúl Castro. Embora não possua o mesmo prestígio que o irmão, Raúl passou a sentir o gosto do poder no final de julho de 2006, após os problemas de saúde apresentados por Fidel Castro.
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