Império Bizantino
O Império Bizantino surgiu em meio à crise que passava o Império Romano no século IV, quando o imperador Teodósio dividiu o império em duas partes, o Império Romano do Ocidente com capital em Roma e o Império Romano do Oriente com capital em Constantinopla. No final do século V, as invasões dos povos bárbaros haviam destruído e fragmentado o império ocidental, enquanto no oriente o poder manteve-se centralizado.
A cidade de Constantinopla era a capital do Império Bizantino e se localizava no estreito de Bósforo entre o Mar de Mármora e o Mar Negro. Localizada entre a Europa e a Ásia, era o destino final de importantes rotas comerciais vindas da Ásia e o destino inicial de rotas comerciais para a Europa. Favorecia o intercâmbio cultural e comercial de todas as sociedades desenvolvidas da época.
No governo de Justiniano (527 – 565), o império expandiu seu território que visava recuperar o antigo esplendor vivido pelo Antigo Império Romano, realizando importantes conquistas no norte da África, derrotando os vândalos e posteriormente os ostrogodos na Península Itálica e por último, parte da Espanha após derrotar os visigodos.
Do século VII ao X o Império Bizantino perdeu progressivamente os territórios conquistados e sofreu fortes investidas de outros povos germânicos, de búlgaros e persas.
A recuperação e fortalecimento do Império ocorreram durante o reinado de Basílio II, que derrotou os búlgaros, no entanto, nesse mesmo século XI novas invasões ocorreram, destacando-se os turcos seldjúcidas no oriente médio a partir de 1071.
Governando de forma despótica, Justiniano controlou a vida política, econômica e também a religiosa exercendo forte influência sobre a Igreja, instituindo o “cesaropapismo” e combatendo todas as manifestações contrárias como as “heresias” preocupando a igreja e afetando seu poder.
Mesmo contando com essa aproximação do mundo romano, o Império Bizantino sofreu influência dos valores da cultura grega e asiática. Um dos traços mais nítidos dessa multiplicidade da cultura bizantina nota-se nas particularidades de sua prática religiosa cristã.
Divergindo de princípios do catolicismo romano, os cristãos bizantinos não reconheciam a natureza física de Cristo, admitindo somente sua existência espiritual. Além disso, repudiavam a adoração de imagens chegando até mesmo a liderarem um movimento iconoclasta.
Essas divergências doutrinárias chegaram ao seu auge quando, em 1054, o Cisma do Oriente estabeleceu a divisão da Igreja em Católica Apostólica Romana e Ortodoxa. Dessa forma, a doutrina cristã oriental começou a sofrer uma orientação afastada de diversos princípios do catolicismo tradicional contando com lideranças diferentes das de Roma.
Na Baixa Idade Média, o Império Bizantino deu seus primeiros sinais de enfraquecimento. O movimento cruzadista e a ascensão comercial das cidades italianas foram responsáveis pela desestruturação do Império.
A Quarta cruzada foi responsável pela desagregação do império 1204 a 1261, durante esse período grande parte do território bizantino ficou sob domínio dos mercadores de Veneza.
No século XIV, a expansão turco-otomana na região dos Bálcãs e da Ásia Menor reduziu o império à cidade de Constantinopla. Finalmente, em 1453, os turcos dominaram a cidade e deram o nome de Istambul, uma das principais cidades da Turquia.
Mundo Árabe
A civilização árabe surgiu e irradiou-se a partir da Península Arábica, localizada na Ásia entre o Golfo Pérsico, o Oceano Índico e o Mar Vermelho.
Eles se dividiam em:
•Árabes do litoral: povos sedentários que moravam em cidades próximas do litoral como Meca e Yathrib. Dedicavam-se ao comércio;
•Árabes do deserto: povos seminômades que vivam em oásis da península. Eram criadores de ovelhas, cabras e camelos e realizam saques e pilhagens.
Até o século VI, os árabes ligavam-se pelos laços de parentesco e por elementos culturais comuns. Falavam o mesmo idioma e possuíam a mesma religião politeísta, adorando centenas de divindades.
Em 630, Meca foi conquistada por Maomé (Mohamed), que estabeleceu uma nova religião, monoteísta, denominada Islamismo. Logo, a nova crença se espalhou pela Arábia e os diversos povos foram se unificando em torno da nova religião. Por meio da identidade religiosa, criou-se outra organização política e social entre os árabes.
A religião islâmica prega a submissão total do ser humano a Alá, o deus único criador do universo. Essa submissão é chamada de Islão e aquele que tem fé em Alá é chamado de muçulmano.
Todos os princípios básicos do islamismo encontram-se reunidos no Corão ou Alcorão que além de normas religiosas inclui preceitos jurídicos, morais, econômicos e políticos que orientam o cotidiano da vida social.
Os princípios básicos do islamismo são:
•Crer em Alá, o único Deus e em Maomé (Mohamed), o seu grande profeta;
•Fazer cinco orações diárias com seu rosto voltado para a cidade sagrada de Meca;
•Ser generoso com os pobres dando-lhe esmolas;
•Cumprir o jejum religioso durante o Ramadan (mês sagrado);
•Ir em peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.
Após a morte de Maomé, a religião islâmica sofreu várias interpretações, entre as quais se destacaram duas correntes, a dos sunitas que correspondem a aproximadamente 80% dos muçulmanos do mundo e a dos xiitas com os outros 20%.
Maomé e seus seguidores criaram o Estado muçulmano de governo teocrático que se expandiu por meio de conquistas militares. Essa expansão se deu em três fases:
•Primeira etapa (632 – 661): Conquistas da Pérsia, Síria, Palestina, Egito;
•Segunda etapa (661 – 750): Conquistas do noroeste da China, norte da África e de quase toda a Península Ibérica;
•Terceira etapa (750 – 1258): Conquistas na Península Balcânica (Europa).
Os árabes tiveram grande influência sobre a civilização ocidental. Eles se destacaram no comércio com o controle de rotas comerciais provenientes da Ásia, revolucionaram a atividade náutica com vários inventos como barco a vela, a bússola e espalharam para o ocidente a pólvora e o papel, na matemática introduziram o algarismo hindu e o numeral zero, desenvolveram a álgebra e a trigonometria e na medicina, descobriram novas técnica cirúrgicas, causas de doenças como varíola e sarampo e ainda contribuíram com várias palavras na língua portuguesa como álcool, algodão, azeite, esfirra, quibe, açougue, etc.
Finalmente um tempo entre os afazeres para uma visita virtual ao seu blog!
ResponderExcluirParabéns pela publicação.
Na minha opinião foi de grande ajuda
ResponderExcluirParabéns continue assim #melhorsite
Parabéns pelo artigo e publicação.
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