Alexandre assumiu o reino da Macedônia aos 20 anos, após o assassinato do pai (336 a. C.) e alegando vingança pelas invasões persas anteriores, se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino.
Apoiado em um poderoso e organizado exército, a famosa Falange Macedônica uma verdadeira máquina de guerra formada por infantes muito bem treinados e disciplinados, com suas enormes zarissas, (lanças de mais de 6 metros), era apta tanto em aguentar as incursões da cavalaria e os choques frontais dos carros de combate do inimigo, como, num repente, fazer sair de dentro das suas linhas, regimentos de infantaria ligeira, com arcos e lanças curtas, capazes de num instante, em ação conjunta com a cavalaria de Alexandre, pôr o inimigo em fuga.
Cruzou o Helesponto (334 a. C.), na batalha de Isso (333 a. C.) derrotou Dario pela primeira vez, depois conquistou a Síria (332 a. C.) e entrou no Egito. No delta do rio Nilo fundou Alexandria (332 a. C.), com o propósito de realizar o sonho de unir a cultura oriental à ocidental, e a cidade logo se projetou como polo cultural (com sua famosa biblioteca de 200 mil volumes) e comercial.
A seguir voltou a Mesopotâmia, onde novamente enfrentou e aniquilou de vez o poder de Dario na batalha de Gaugamela (331 a. C.), determinando a queda definitiva da Pérsia. Com a morte de Dario (330 a. C.), foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa.
Casou com Roxana (328 a. C.), filha do sátrapa da Bactriana, com quem teve um filho. Partiu então para a longínqua Índia (327 a. C.), país mítico para os gregos, no qual fundou colônias militares e cidades, mas com as tropas cansadas decidiu regressar à Pérsia, viagem em que foi acometido de uma febre desconhecida que se mostrou incurável e o matou aos 33 anos, na Babilônia.
Assim, o Império Macedônio fragmentou-se. O general Ptolomeu, por exemplo, passou a governar o Egito e recusou-se a pagar tributos aos macedônios, tornando-se o fundador de longa dinastia, à qual pertenceu a rainha Cleópatra.
O mundo jamais viu outro governante de existência tão curta, formar um império tão grande, pela Ásia e norte da África, da Índia até o Egito, eliminando o império persa e estabelecendo completo domínio sobre a Grécia, Palestina, Egito, Pérsia e Mesopotâmia e chegando até a Índia, fundando várias cidades e tornando-o o maior império territorial até então conhecido, com o mérito de manter esta unidade imperial sobre um território tão amplo e complexo, respeitando os vencidos e seus costumes e religiosidades.
Suas conquistas trouxeram a influência da civilização grega no Oriente tornando-o fundador do helenismo, o fenômeno cultural, político e religioso que se prolongou até os tempos do império romano.
Helenismo
O helenismo resultou da fusão da cultura grega com a cultura oriental, promovida pela expansão do império Macedônico com Alexandre Magno. Os principais centros da cultura helenística foram Alexandria, no Egito, Antioquia, na Turquia, e Pérgamo, na Ásia Menor.
As principais contribuições para a formação do mundo ocidental ocorreram:
•Artes: caracterizada pelo realismo exagerado e pelo sensacionalismo. Os maiores exemplos disso são o Farol de Alexandria, Grande Altar de Zeus, em Pérgamo, as estátuas de Vênus de Milo e Vitória de Samotrácia;
•Arquitetura: construção de luxuosos palácios e templos e pela origem de um novo estilo de colunas, o estilo coríntio;
•Filosofia: as mais importantes doutrinas filosóficas helenísticas foram o estoicismo e o epicurismo;
•Literatura: o destaque especial cabe ao teatro, com Menandro, autor de várias comédias e a poesia bucólica de autores como Teócrito;
•Ciências: Os grandes nomes deste período foram Euclides (geometria), Arquimedes (descobridor da lei da alavanca e da hidrostática, inventor do parafuso tubular para bombear água, a hélice, as lentes convexas, catapultas, que atiravam pedras enormes sobre os inimigos, um sistema de espelhos, que concentrava os raios solares, para incendiar vários navios inimigos e criou um planetário), Hiparco (fundamentos da trigonometria, inventou o astrolábio e a representação do globo terrestre), Erastótenes (calculou a circunferência da Terra com uma margem de erro extremamente pequena), Aristarco (criador da teoria heliocêntrica).
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