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domingo, 23 de abril de 2017

América Colonial


Colonização Inglesa

No ano de 1620, o navio Mayflower saiu da Inglaterra com um grupo de artesãos, pequenos burgueses, comerciantes, camponeses e pequenos proprietários interessados em habitar uma terra onde poderiam prosperar e praticar o protestantismo livremente. Chegando à América do Norte naquele mesmo ano, os colonos fundaram a colônia de Plymouth – atual estado de Massachusetts – que logo se transformou em ponto original da chamada Nova Inglaterra. 

Com o passar do tempo, esse processo de colonização estabelecida por meio da ação autônoma de determinados indivíduos passou a ganhar características mais diversas. Na região norte, a colonização de povoamento teve que suplantar grandes dificuldades que com a posterior consolidação de pequenas propriedades e o uso de mão de obra livre permitiram a formação de um comércio diversificado sustentado pela introdução da manufatura e o surgimento de um mercado consumidor. 

Na região sul, as especificidades geográficas e climáticas propiciaram um modelo de colonização distinto. O clima subtropical, o solo fértil e as planícies cortadas por rios navegáveis consolidaram um modelo de colonização semelhante aos padrões ibéricos. Dessa forma, o sistema de Plantation estabeleceu o surgimento de grandes fazendas monocultoras produtoras de tabaco, arroz, índigo e algodão. Com isso, a grande demanda por força de trabalho favoreceu a adoção da mão de obra escrava vinda da África. 

Compondo um processo de ocupação tardio, a região central ficou marcada por uma economia que mesclava a produção agropecuarista com o desenvolvimento de centros comerciais manufatureiros. As primeiras colônias centrais apareceram por volta de 1681, com a fundação das colônias do Delaware e da Pensilvânia. 

Durante a independência das colônias, esta região teve grande importância na organização das ações que deram fim à dominação britânica. 

Formaram então as 13 Colônias Inglesas da América que eram assim divididas: 

Colônias do Norte (Nova Inglaterra): New Hampshire, Massachusetts,
Rhode Island e Connecticut; 
Colônias Centrais: Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware; 
Colônias do Sul: Maryland, Virgínia, Carolina do Norte,
Carolina do Sul e Geórgia.


Colonização Espanhola
                
O Conselho Real e Supremo das Índias era o órgão controlador da colonização, centralizado na Espanha e representado, na América espanhola, pelos chapetones (espanhóis). As Casas de Contratação era o órgão responsável pelas negociações e pela arrecadação de impostos tanto na metrópole (Espanha) quanto nas colônias. Os Cabildos ou Câmaras Municipais tinham como função a decretação de prisões, a criação de impostos e eram a principal fonte de poder, na medida em que as decisões eram tomadas nessas Câmaras. Os criollos (filhos de espanhóis nascidos na América) constituíam os cabildos. 

O pacto colonial, ou seja, as relações entre metrópole e colônia, na colonização espanhola foi bastante rígidas, fazendo com que a extração de metais preciosos fosse destinada, quase que totalmente, para a exportação. 

A mão de obra indígena foi mais intensamente utilizada que a dos negros. Os nativos eram submetidos à mita, no qual eles eram retirados de suas tribos e obrigados a trabalhar nas minas, recebendo um pagamento irrisório. Além disso, havia a encomienda, onde os indígenas não recebiam, se caracterizando como um trabalho escravo. 

Politicamente, a América espanhola era dividida em: 


Vice-reino da Nova Espanha: (parte do território atual do México, abrangendo ainda regiões incorporadas mais tarde ao sudoeste dos Estados Unidos), 
Vice-reino do Peru
Vice-reino do Rio da Prata: (fragmentou-se em quatro países: Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai); 
Vice-reino de Nova Granada: (englobava o Equador, a Colômbia e o Panamá).


Além dos Vice-reinos, a estrutura administrativa colonial ainda estabeleceu subdivisões administrativas que foram denominadas Capitanias Gerais, sendo elas: Cuba, Venezuela, Guatemala (que além da atual Guatemala ainda incluía a Nicarágua, Honduras e Costa Rica), Chile e Flórida.


Colonização Portuguesa
            
Os primeiros trinta anos do domínio português no Brasil (1500 – 1530) é chamado de período pré-colonial, pois o governo português não traçou um plano de ocupação, limitou-se apenas a defendê-la contra invasões, principalmente francesas. O interesse pelo pau-brasil foi a única forma de preocupação da metrópole portuguesa com a colônia. A extração do pau-brasil foi predatória, utilizando-se de mão de obra indígena, com retribuição de presentes (escambo). 

Em 1530, com o fracasso do comércio oriental de especiarias e a preocupação com invasões e ocupações estrangeiras, a Coroa portuguesa decidiu pela ocupação das terras brasileiras. O território colonial foi dividido em 15 lotes de terras denominados Capitanias Hereditárias que foram entregues a 12 donatários que deveria explorá-las com recursos próprios. 

Dois documentos regiam esse sistema, as Cartas de Doação e os Forais. A carta de doação era o documento que comprovava a posse da terra, já o Foral determinava os direitos e os deveres dos donatários. Esse sistema não surtiu os efeitos desejados e apenas duas capitanias prosperaram, a Capitania de São Vicente e a Capitania de Pernambuco, ambas devido ao cultivo de cana de açúcar. 

Em 1549, diante do fracasso do sistema de Capitanias, D. João III criou o Governo Geral do Brasil para centralizar a ação colonizadora e garantir a unidade administrativa. Com o Governo Geral, Portugal, assumia diretamente a colonização sem extinguir contudo as capitanias, valendo dos esforços da iniciativa privada. 

O governador-geral era nomeado diretamente pelo rei por um período de quatro anos e contava com a ajuda de três auxiliares, que com ele formavam o Conselho de Governo. Destes três auxiliares, o ouvidor-mor era responsável pela Justiça, o provedor-mor, pelas finanças e o capitão-mor, pela defesa do litoral. 

Os governadores gerais foram Tomé de Sousa (1549 – 1553), Duarte da Costa (1553 – 1558) e Mem de Sá (1558 – 1572). Durante a fase dos governos gerais, definiu-se a base econômica da colonização, a produção de açúcar

Os portugueses não encontraram de início metais preciosos e optaram pela colonização a base agrícola devido suas experiências nas ilhas do Atlântico (Açores e Cabo Verde). O açúcar é de origem indiana, foi introduzido na Europa e chegou a ser produzido na Sicília. São Vicente foi a primeira capitania onde se fez cultivo da cana, mas o Nordeste foi a região que mais se destacou na empresa do açúcar. 

Os fatores que determinaram o êxito da empresa são o interesse do mercado externo, a experiência dos portugueses, a qualidade dos solos e as condições climáticas, a participação holandesa, através do financiamento, refino e distribuição na Europa. 




A forma de ocupação da terra era a grande propriedade (sesmarias, que tinha em média entre 6 e 24 km). O engenho era a unidade produtora. Produzia além do açúcar tudo mais do que necessitava, havia dois tipos de engenho, os engenhos reais, movidos à água e os trapiches, utilizavam tração animal.

O engenho era composto pela casa-grande, senzala, casa do engenho e capela. Um engenho de porte médio contava com cinquenta escravos, os grandes com centenas . As terras do engenho eram formadas pôr canaviais, pastagens e áreas dedicadas ao cultivo de alimentos. 

O açúcar era produzido como monocultura, cujo caráter era extensivo, havia a incorporação de novas terras e não pela melhoria técnica. Ao mesmo tempo desenvolvia-se a pecuária, que se tornou uma atividade independente do engenho, interiorizando o processo colonização. O povoamento e colonização do Brasil começou com a ocupação do litoral mediante á expansão da cultura açucareira 


De 1572 a 1578, o Brasil foi dividido em dois governos, o do Norte (Salvador) a cargo de Luís de Brito e Almeida e o do Sul (Rio de Janeiro) com Antônio Salema. Com o fracasso da divisão, deu-se a reunificação. Salvador era novamente a sede, sob a administração de Lourenço da Veiga. Entre 1602 e 1612, durante a União Ibérica, ocorreu nova divisão e outra reunificação. Em 1621, o Brasil foi dividido em dois estados: Estado do Brasil e Estado do Maranhão e, desta feita, até 1775, quando foi reunificado pelo Marquês de Pombal.


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