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sábado, 18 de março de 2017

Absolutismo Monárquico


































No fim da Idade Média na Europa, aconteceram algumas mudanças radicais, que alteraram para sempre a história da civilização ocidental. Na economia, o capitalismo nascente, rompia de vez com a ruralização do feudalismo. Na cultura, o renascimento fez o homem voltar-se mais para si e se preocupar com uma vida mais próspera. Já na religião, rompeu-se o monopólio católico de Deus e sua interpretação dos assuntos religiosos. 

Por fim a última mudança importante se deu na política, com o fim dos poderes regionais dos senhores feudais e uma centralização política comandada pelos reis dos novos Estados Nacionais que surgiram nessa época. 

As crises do fim da era Medieval (econômica, política e religiosa) provocaram a dissolução do sistema feudal. A terra deixou de ser a única fonte de riqueza. 

O comércio se expandia a burguesia, que era a classe social ligada ao comércio, tornou-se cada vez mais rica e poderosa, com isso ela precisava de uma nova organização política que fosse capaz de acabar com as intermináveis guerras da nobreza feudal, que diminuísse a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos senhores feudais e que reduzisse o grande número de moedas que atrapalhavam seus negócios. 
Por isso, a burguesia passou a contribuir para o fortalecimento da autoridade dos reis, contribuindo financeiramente na construção de monarquias nacionais capazes de formar governos estáveis e ordeiros. 

O elemento cultural que mais influenciou o sentimento nacionalista foi o idioma. Falado pelo mesmo povo, o idioma servia para identificar as origens, tradições e costumes comuns de uma nação. 

Cada estado foi definido suas fronteiras políticas, estabelecendo os limites territoriais de cada governo nacional, surgindo a noção de soberania, pela qual o soberano (governante) tinha o direito de fazer valer as decisões do Estado perante os súditos. 

Para garantir as decisões do governo soberano, foi preciso a formação de exércitos permanentes, controlados pelos reis (soberano). 

Com a formação moderna, diversos reis passaram a exercer autoridade nos mais variados setores: organizavam os exércitos, que ficava sobre o seu comando, distribuíam a justiça entre seus súditos, decretavam leis e arrecadavam tributos. Toda essa concentração de poder passou a ser denominado Absolutismo Monárquico

Durante os séculos em que vigorou, foram vários os teóricos que deram sustentação ao poder absoluto dos reis, entre eles destacam-se: 
Thomas Hobbes – autor Leviatã dizia que em seu estado de natureza e entregues à própria sorte, os homens devorariam uns aos outros. É por isso, então, que, por necessidade, fizeram entre si um contrato social que designou um soberano sobre todos os demais, tido como súditos. A esse soberano, o rei absolutista, competiria garantir a paz interna e a defesa da nação; 

Nicolau Maquiavel – autor de O Príncipe escrito no século XVI. O Príncipe é um tratado político a respeito das estruturas do estado moderno. Nessa obra, Maquiavel discorre sobre vários temas, sempre abordando a maneira como o soberano, chamado de Príncipe, deve agir para manter seu reino. 

Os principais Estados Absolutistas europeus foram: 

Portugal: surgiu como um reino independente em 1139. Seu primeiro rei foi D. Afonso Henrique, da dinastia de Borgonha. Por muito tempo, os portugueses viveram envolvidos na luta pela expulsão dos mouros, que só aconteceu em 1249 com a conquista de Algarves (sul de Portugal); 
Inglaterra: o absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII (1485-1509), fundador da dinastia Tudor. Seu filho Henrique VIII foi o que exerceu o poder mais absoluto entre todos os monarcas ingleses. Já sua neta Elisabete I, foi a última rainha soberana incontestável; 
Espanha: em 1469 aconteceu o casamento da rainha Isabel de Castela com o rei Fernando de Aragão. Unificado, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão dos mouros e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas. O absolutismo espanhol atingiu seu apogeu com a dinastia Habsburgo e o rei Felipe II
França: foi durante a Guerra dos Cem Anos que o sentimento de nacionalismo dos franceses se intensificou. O poder dos reis cresceu e os sucessivos monarcas franceses aumentaram ainda mais o poder real. Mas guerras religiosas voltaram a enfraquecer o poder real até que Henrique IV (1589 – 1619), a paz foi alcançada a aconteceu a expansão econômica, política e militar do país. O principal monarca absolutista francês, no entanto foi, Luís XIV, conhecido como rei Sol. Símbolo do poder supremo é atribuído a ele a famosa frase, “O Estado sou eu”.

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