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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Renascimento






















No fim da Idade Média na Europa, aconteceram algumas mudanças radicais, que alteraram para sempre a história da civilização ocidental. Essas mudanças ocorreram na economia, na cultura, na política e na religião. A partir dessa unidade esses temas serão detalhados.

O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV, se consolidou no século XV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa. Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações estruturais da sociedade, resultou na reformulação total da vida medieval, dando início à Idade Moderna.

O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras, que enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mediterrâneo, que deu origem a uma rica burguesia mercantil que, em seu processo de afirmação social, se dedicou às artes, juntamente com alguns príncipes e papas.

A cultura renascentista teve características marcantes. Os renascentistas estavam convictos de que a razão era o único caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela ciência (racionalismo), para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da experiência científica (experimentalismo).

Os renascentistas refletiam sobre os problemas humanos e da necessidade de o homem conhecer a si próprio, afirmar a sua personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e a glória e satisfazer suas ambições, através da ideia de que o direito individual estava acima do direito coletivo (individualismo). Por fim a cultura renascentista, com seu caráter humanista colocava o homem como a suprema criação de Deus e como centro do universo, numa clara atitude de valorização do ser humano (antropocentrismo).

O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu na Itália em meados do século XIV. O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. O pensamento humanista provocou uma reforma no ensino das universidades, com a introdução de disciplinas como poesia, história e filosofia. Os humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão.

O estudo dos textos antigos despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento das línguas clássicas, como o latim e o grego. A partir do século XIV, ao mesmo tempo em que os renascentistas se dedicavam ao estudo das línguas clássicas, diferentes dialetos davam origem às línguas nacionais. Gestado nessa época, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos seguintes, inclusive para os iluministas do século XVIII.

Os estudos humanísticos e as grandes conquistas artísticas da época foram fomentados e apoiados economicamente por grandes famílias como os Médici em Florença, os Sforza em Milão, os Doges em Veneza e o Papado em Roma.

O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles, Dante Alighieri, autor da Divina Comédia; Maquiavel, autor de O Príncipe, obra precursora da ciência política, nela o autor dá conselhos aos governadores da época. Considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos, o inglês Willian Shakespeare abordou em sua obra os conflitos humanos nas mais diversas dimensões pessoais, sociais, políticas etc., escreveu comédias e tragédias, como Romeu e Julieta, Macbeth, A Megera Domada, Otelo e várias outras. Na península Ibérica, Miguel de Cervantes fez em seu livro Dom Quixote, uma crítica contundente da cavalaria medieval. Em Portugal, a expressão máxima foi Luís Vaz de Camões, autor do poema épico Os Lusíadas.

No século XVI, o principal centro de arte renascentista passou a ser Roma. Nas artes plásticas surgiu Rafael Sanzio, o mestre do desenho e da pintura, "o pintor das madonas". A Madona do Prado é considerada uma das mais perfeitas de Rafael. Entretanto a maior figura do período foi Michelangelo, escultor e pintor, responsável pelos monumentais afrescos da Capela Sistina, em Roma. O gênio, Leonardo da Vinci, dedicou-se a diversos ramos da arte e da ciência. Como pintor, criou a (Gioconda), a Mona Lisa e a Santa Ceia, duas das mais conhecidas obras de arte do Ocidente.

Houve também progressos na medicina e anatomia, especialmente após a tradução, nos séculos XV e XVI, de inúmeros trabalhos de Hipócrates e Galeno. Entre os avanços realizados, destacam-se a inovadora astronomia de Nicolau Copérnico, Johannes Kepler e Galileu Galilei.

O físico e astrônomo italiano Galileu afirmava que a Terra girava ao redor do Sol, contra as crenças da Igreja Católica, segundo a qual a Terra era o centro do Universo. Negou-se a retratar-se, apesar das ordens de Roma, e foi sentenciado à prisão perpétua.

No campo da tecnologia, a invenção da imprensa pelo alemão Johannes Gutenberg, no século XV, revolucionou a difusão dos conhecimentos e o uso da pólvora transformou as táticas militares, entre os anos de 1450 e 1550. 
O clero renascentista ajustou seu comportamento à ética e aos costumes de uma sociedade laica. As atividades dos papas, cardeais e bispos somente se diferenciavam das usuais entre os mercadores e políticos da época. Ao mesmo tempo, a cristandade manteve-se como um elemento vital e essencial da cultura renascentista. A aproximação humanista com a teologia e as Escrituras são observadas tanto no poeta italiano Petrarca como no holandês Erasmo de Rotterdam, fato que gerou um poderoso impacto entre os católicos e protestantes.

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