Hoje, 1º de setembro, iniciamos mais uma Semana da Pátria. É tempo de enfeitar as escolas de verde e amarelo, tocar, cantar e interpretar o Hino Nacional e da Independência, fazer cartazes com os personagens da nossa história enfim, demonstrar nosso amor pela pátria e comemorar a independência. Mas, quando aconteceu mesmo a nossa independência? Como foi esse processo? O que realmente aconteceu naquela tarde?
A independência política do Brasil aconteceu oficialmente em 7 de setembro de 1822, mas, bem antes disso, alguns fatos históricos importantes foram fundamentais para a separação definitiva do Brasil (colônia) de Portugal (metrópole).
Em 1808, a Corte portuguesa com aproximadamente 15 mil pessoas chegara ao Brasil, fugindo do imperador francês Napoleão Bonaparte, cujas tropas invadiram Portugal e dominava quase todo o continente europeu. A frente dela estava o regente D. João, que logo depois em 1818 tornar-se-ia D. João VI rei de Portugal Brasil e Algarves.
A presença da Corte portuguesa no Brasil por 13 anos contribuiu para a separação definitiva dos dois países, pois várias melhorias foram feitas em nosso país como a abertura dos portos e a elevação da colônia à condição de Reino Unido à Portugal e Algarves.
Os brasileiros acostumaram-se a ser a sede do reino e D. João VI, mesmo com a expulsão dos franceses de Portugal em 1815 e depois dos ingleses em 1820, após a Revolução do Porto, decidira não regressar à Europa.
Mas, impacientes com a negativa de D. João, os portugueses estabelecem as Cortes Constituintes onde aprovam uma Constituição e adotam medidas contrárias aos interesses brasileiros como obrigar o rei a jurar a Constituição e retornar imediatamente à Portugal.
O rei português decide voltar em 1821, porém, deixa no Brasil o filho Pedro de Alcântara¹ como regente, para conduzir a separação política, caso ela fosse mesmo inevitável, e não deixar a independência ser liderada por um aventureiro.
A burguesia portuguesa que comandava as Cortes, não satisfeita ainda, declara que importantes órgãos governamentais como tribunais de justiça e secretarias da administração fechem e seus chefes retornem a Lisboa. Cancelam a regência de D. Pedro, declaram que as províncias devem obediência à Lisboa e não mais ao Rio de Janeiro e por último, exigem o retorno imediato de D. Pedro à Portugal, ou seja, os portugueses queriam que o Brasil retornasse à condição de colônia.
Mas o príncipe regente, apoiado pelas elites nacionais e alguns políticos importantes, resiste às pressões e decide ficar no Brasil em 9 de janeiro de 1822, o “Dia do Fico”. Entre os políticos que cercam o regente estava José Bonifácio de Andrada e Silva a quem D. Pedro mais escutava e pedia conselhos.
Em 3 de junho de 1822, D. Pedro não aceita se submeter à Constituição portuguesa e instala a primeira Assembleia Constituinte brasileira. No dia 1º de agosto, através de um decreto seu, são consideradas como inimigas, todas as tropas portuguesas que desembarquem no país.
Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembleia Constituinte brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem novamente, o retorno imediato do príncipe regente.
No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, D. Pedro recebe as exigências das Cortes. Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil². Em 12 de outubro de 1822, é aclamado imperador do Brasil e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de D. Pedro I.
Texto adaptado pelo professor Marcos Eli Simões
E.E.Prof.: José Nantala Bádue
Bragança Paulista - SP. 2011.
Notas: 1 – Nome completo do Imperador D. Pedro I (1798 - 1834): Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.
2 – Sua frase histórica: "Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!". Em 7 de setembro de 1822, às 16h30min.
2 – Sua frase histórica: "Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!". Em 7 de setembro de 1822, às 16h30min.
A seguir cena do filme “Independência ou Morte” da Cinedristi/Vídeo Arte do Brasil de 1972, dirigido por Carlos Coimbra, com Tarcísio Meira, no papel de D. Pedro e participações de Glória Menezes, Dionízio Azevedo, Kate Hansen entre outros. Trata-se de uma versão romântica dos fatos ocorridos naquela tarde de 7 de setembro de 1822.
Na sequência, cena da minissérie “O Quinto dos Infernos” produzida pela Rede Globo de 2002, com direção de Wolf Maya e Alexandre Avancini e tendo como atores Marcos Pasquim, no papel de D. Pedro I, Humberto Martins, no papel de Chalaça, André Matos como D. João VI, Luana Piovani como Domitila entre outros.
Para aqueles brasileiros que costumam criticar nosso maravilhoso país, enfatizando os pontos negativos, concordando com aqueles que fazem questão de dizer que este não é um país sério e que nossos filhos não terão um futuro melhor se viverem aqui, assista o vídeo a seguir.
Para encerrar, O Hino da Independência, que na humilde opinião desse blogueiro, é um dos hinos mais bonitos que existem, Confira!
189 ANOS DE INDEPENDÊNCIA!
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