Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX
Na segunda metade do século XIX, a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica, Itália e os Estados Unidos, eram considerados grandes potências industriais. Todos esses países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes.

Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados.
Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos.
Essa exploração afro-asiática refletia a nova ordem econômica iniciada com a Segunda Revolução Industrial onde, a burguesia que já possuía o poder econômico, conquistou também o poder político. A hegemonia burguesa e a rápida industrialização deu origem aos grandes conglomerados empresariais e ao capitalismo monopolista, que passou a buscar novos mercados.
A partilha afro-asiática foi um processo desigual, tendo a França e principalmente a Inglaterra, detentora de um imenso Império Colonial, com territórios em todos os continentes, ao passo que Estados Unidos por problemas internos, Alemanha e Itália, que se unificaram tardiamente ficaram com um número menor de territórios e no caso dos países europeus, a disputa por essas colônias entre eles, é considerado uma das causas da eclosão da Primeira Guerra Mundial.
O imperialismo foi responsável pela completa desestruturação das culturas afro-asiáticas. As potências ao dividir os territórios artificialmente entre si, não consideraram as relações sociais que existiam entre os povos que já habitavam a região, vindo a compor as fronteiras dos atuais países. Povos que se odiavam, foram obrigados a viver juntos no mesmo país e o que vemos hoje são várias guerras civis, principalmente na África, onde verdadeiros banhos de sangue ocorrem, desde a independência dos países africanos, na segunda metade do século XX.
Entre esses tristes exemplos, nos deparamos com a eterna luta entre hutus e tutsis em Ruanda e Burundi, os conflitos entre cristãos e muçulmanos na Somália e Sudão.
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